Em memória de Alexis Grigoropoulos (1993-2008)
Hoje completam-se 15 anos desde a fatalidade que ceifou a vida do jovem anarquista Alexis Grigoropoulos, perpetrada pela polícia, desencadeando assim uma onda de revolta nas ruas contra a austeridade na Grécia. Essas revolta pode ser interpretada como o marco inicial de um ciclo de levantes urbanos, cuja influência se estendeu para a Primavera Árabe, o movimento Ocupy Wall Street, os Indignados na Espanha, os secundaristas no Chile e culminando em nosso próprio Junho de 2013.
Em Atenas, os protestos tiveram origem na execução pela polícia de Alexis Grigoropoulos, um jovem de 15 anos, no bairro de Exarchia. A reação das ruas a esse ato perdurou por meses. Na Grécia, durante o ano de 2008, as celebrações de Natal e Ano Novo se deslocaram para as ruas, imersas na revolta popular contra a atuação policial.
É importante que esta data seja perpetuamente recordada como a resposta das ruas à crise de 2008, quando os Estados, sob o pretexto de austeridade e não intervenção na economia, optaram por priorizar a salvação dos bancos em detrimento do atendimento às necessidades da população.
No Brasil, onde a polícia ceifa vidas jovens diariamente, essa memória deve servir como inspiração. Não podemos depositar esperanças nos governos, e nenhum ataque deve ficar sem resposta. Que nossas celebrações também sejam impulsionadas pelo fogo da revolta popular!
Viva a Anarquia!
Alexis Vive!